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domingo, 6 de março de 2016

Vamos pensar no estágio? (síntese das aulas)

Iniciamos no ano de 2016 a disciplina de ESTÁGIO I, neste curso de Licenciatura em Educação Física, compondo a matriz curricular do 6º (sexto) semestre, da turma que teve seu início em 2013. Dentre outras matérias do nosso currículo, a matéria de estágio está dentre as que se fazem mais importantes para a formação do professor de Educação Física, pois trabalha na prática as pedagogias de ensino e aprendizado de uma forma crítica e as discussões sobre essas práticas.

E foi assim que iniciamos a disciplina. No primeiro dia de aula, como é de praxe, foi pedido pelo Professor Agripino Luz, ou Agrippa (aos mais íntimos) para que cada discente fizesse sua própria apresentação, dizendo coisas como a idade, onde mora, onde nasceu. E então a pergunta que faz com que os acadêmicos de Educação Física tremam na base:
- O QUE É EDUCAÇÃO FÍSICA??? 
Cada um conseguiu expor sua ideia do que significa a Educação Física na sua própria concepção. Mas, o que ficou claro é que cada um tem um conceito diferente de Educação Física, fazendo com que a aula tivesse uma discussão diversificada sobre o assunto. Afinal é essa uma das propostas da disciplina de estágio.
       Em seguida tivemos a apresentação do plano de ensino, que é de grande importância, pois é nessa parte da aula que vemos o que será abordado pelo professor e qual a dinâmica que será usada em sala de aula. Uma das coisas que me chamou atenção, em como as aulas são feitas, é como a sala é organizada em forma de círculo, que é uma das dinâmicas de aula do professor, para que todos sejam envolvidos pela aula.
        A aula seguinte serviu para pensarmos em torno do texto “Reflexões Sobre a Arte de Ouvir”, no qual aborda este tema de forma crítica, mostrando que nem sempre ao ouvir estamos realmente escutando, o que trouxe à tona situações que acontecem no nosso dia-a-dia, o que tornou o texto interessante para ser trabalhado, principalmente nesta disciplina.
      Outro texto que me chamou bastante atenção foi o “Educador Necessário”, que fala das características fundamentais e necessárias para se cumprir as tarefas de um educador. Fala coisas como o comprometimento que o educador deve ter para com a educação, que o professor não é aquele ou aquela que só funciona nessa função dentro de sala de aula. Por fim, o texto trata de responsabilidade. Um ótimo texto para compor as aulas de estágio e nos faz pensar sobre nossas responsabilidades e em como seremos como educadores.
      Usamos também de outras formas de dinâmica de ensino, uma delas foi o uso de mídia como áudio e vídeos. Em uma determinada aula, ouvimos o áudio (de um vídeo) de uma jovem lendo um texto chamado “Carta Aberta ao Brasil”, texto de Mark Manson, americano, que viveu quatro anos no Brasil. No texto, direcionado aos brasileiros, entre outros problemas, evidencia os problemas econômicos, políticos, de segurança, de saúde introduzindo o zika vírus, problemas de desigualdade social e um problema essencialmente brasileiro; um problema de identidade. Mas a ideia central do texto, no qual ele expõe os problemas do Brasil, é a de que o maior problema do Brasil é o brasileiro. O texto é bastante crítico, e nos faz pensar sobre nossas atitudes e no que temos contribuído para nossa sociedade e o que temos feito.
      Na maioria das aulas trabalhamos com textos que nos fazem parar para pensar. E um texto que funcionou foi o texto “Esporte não é droga? ”, que começa nos direcionando essa pergunta, fazendo com que pensemos em torno do esporte como uma saída, uma coisa para que nos sintamos bem, ou seja, uma droga em si. E assim como existem drogas que nos fazem bem, e que melhoram alguns aspectos do dia-a-dia, existem as drogas que nos fazem mal e comparamos isso ao esporte, pensando nas modalidades de esporte praticados e como essas modalidades são abordadas e passadas ao público. Será que temos a consciência de quando um esporte é essencialmente saldável ou quando é nocivo para nós?
     Outro texto não menos importante foi o texto “Pedagogia do fingimento”, no qual percebemos situações que aconteciam nos tempos do ensino fundamental e médio, foi uma aula divertida em que lembramos de alguns professores adeptos da pedagogia do fingimento e também lembramos de quando praticávamos essa pedagogia em algumas aulas.
    A disciplina ainda está longe de terminar, mas o que podemos ver nesse primeiro momento foi que o professor nos fez pensar sobre situações comuns na docência, na qual temos que estar preparados para encarar, não como um desafio mas como uma coisa prazerosa, afinal, no futuro seremos professores. E por que estar numa profissão que não nos traga satisfação nenhuma, se isso só vai fazer com que repitamos aquilo que foi visto durante toda nosso aprendizado, coisas como ouvir e não escutar, fingir que ensina, ser displicente com a sociedade, tratar a educação não como uma forma de fazer nossos alunos evoluírem, mas como uma forma de ganhar dinheiro. Afinal, professor de verdade é aquele que ama a sua profissão.


Texto por: Gregório Mourão do Nascimento Neto
Discente da turma 2013

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