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sábado, 5 de março de 2016

Nilzete dos Santos Forte, acadêmica do curso de Educação Física, turma 2013.
                                       Síntese das Aulas

Umas das aulas de estágio supervisionado 1, foi uma leitura de um texto sobre O Educador Necessário, pois para lecionar uma aula de leitura, precisa-se de prazer em gostar do que faz e ser competente, dando-se o seu melhor na aula de educação física, em que o professor deve assumir um compromisso de educador, de responsabilidade para exercer essa função em qualquer lugar, seja dentro de sala de aula ou fora.
Do educador exige ocupação e educação, ato de se envolver com o processo educativo, em uma questão de situação, o educador tem que gostar do faz, porém a compreensão da importância do seu trabalho, de seu esforço, da importância social, cultural, política, faz-se o seu compromisso crescer a cada dia, e a cada momento faz-se uma renovação diária do compromisso com o ato educativo em colaborar com a educação do país e fazer compreensão a democracia de uma escola e da importância de seu trabalho, pois tem pessoas que ainda pensa que educação física são só práticas, jogar bola, futsal, por isso é necessário ter conhecimento na área de estudo, que se renova a cada momento na leitura, pesquisa, exercícios frequente e diário por parte do educador, mas exige um esforço, vontade, desejo, não adianta preparar ele para a função educativas se o educador não se esforça, não se encontra nessa área.

 O professor não está totalmente preparado para tudo, por tanto, a sua formação está totalmente ligada a sua preparação técnicas, em que a cada momento se tem níveis diferenciados de preparação, depende em que situação se encontra o educador.
    Acadêmicos: Albert Viana, Caio César, Claudia Picanço, Darilane Aguiar e Eliane Monte.                

 TEORIAS PEDAGÓGICAS E ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICA

As Abordagens Pedagógicas para Educação Física têm por objetivo deixar que as aulas de Educação Física não tenham um enfoque apenas ligado ao aprender a fazer, mas incluam uma intervenção planejada do professor quanto ao conhecimento que explique o que está por trás do fazer, além dos valores e atitudes envolvidos na prática da cultura corporal do movimento. Essas abordagens resultam da articulação de diferentes teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas.
Todas essas correntes têm ampliado os campos de ação e reflexão para a área, o que a aproxima das ciências humana. Elas aparecem como tentativa de romper com o modelo mecanicista e podem ser definidas como movimentos engajados na renovação teórico-prático com o objetivo de estruturação do campo de seus conhecimentos que são específicos da educação física.
São várias as abordagens para o ensino da Educação Física, entre elas destacamos a desenvolvimentista e a construtivista.
A abordagem desenvolvimentista tem como ideia central de oferecer à criança oportunidades de experiências de movimento de modo a garantir o seu desenvolvimento normal, propõem atender essa criança em suas necessidades de movimento. Sua base teórica é essencialmente a psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem, seu principal representante é Go Tani. É uma proposta dirigida especificamente para crianças de quatro a quatorze anos que busca nos processos de aprendizagem e desenvolvimento uma fundamentação para a Educação Física escolar. É uma tentativa de caracterizar a progressão normal do crescimento físico, do desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo-social, na aprendizagem motora e, em função destas características, sugerir aspectos ou elementos relevantes para a estruturação da Educação Física escolar.
A abordagem construtivista, segundo Bracht (1999) exerceu grande influência na Educação Física brasileira nos anos 1970 e 1980. Seu principal representante no Brasil é João Batista Freire com a obra “Educação de corpo inteiro: teoria e prática da Educação Física”, publicada em 1989. Essa abordagem recebe influências da área da psicologia, tendo Piaget como referencial teórico, especialmente com as obras “O nascimento da inteligência na criança” e “O possível e o necessário, fazer e compreender”. Na abordagem construtivista Freire dá ênfase ao desenvolvimento cognitivo e considera a cultural infantil como essencial, repleta de jogos e brincadeiras, dando prioridade ao lúdico e ao simbolismo (LAVOURA; BOTURA; DARIDO, 2006). Por isso, faz críticas à forma como a escola trabalha com o corpo e o movimento das crianças. Nessa abordagem o jogo como conteúdo/estratégia tem papel privilegiado. É considerado o principal modo de ensinar, é um instrumento pedagógico, um meio de ensino, pois enquanto joga ou brinca a criança aprende (DARIDO, 2001). Com isso, é possível perceber que Freire (1989) propõe como tarefa da Educação Física o desenvolvimento de habilidades motoras, porém num contexto de brinquedo e de jogo, desenvolvidos a partir de um universo da cultura infantil que a criança possui. Os conteúdos, na abordagem construtivista, devem ser desenvolvidos numa progressão pedagógica, numa ordem de habilidades, mais simples (habilidades básicas) para as mais complexas (específicas)
A prática pedagógica na Educação Física ainda se apresenta muito resistente a mudanças, pois os professores ainda utilizam da teoria da aptidão física para a esportivização. Acredita-se que nos dias atuais o professor baseia seus conteúdos pré-selecionados retirados de livros didáticos e esportes, tornando-se um transmissor de conteúdos sem valorizar a participação efetiva dos alunos nas aulas. Essa realidade pode estar ocorrendo porque a formação profissional dos professores de Educação Física por muito tempo evitou os conhecimentos científicos e foi extremamente tecnicista, tornando esses professores aplicadores de práticas pedagógica que herdaram de seus professores.
Embora a prática pedagógica resista a mudanças, ou seja, a prática acontece ainda balizada pelo paradigma da aptidão física e esportiva, várias propostas pedagógicas foram gestadas nas últimas duas décadas e se colocam hoje como alternativas. Enfim, ao refletir sobre as abordagens pedagógicas espera-se que a prática pedagógica nas aulas de Educação Física seja repensada ou transformada.
Referências
DARIDO, S. C. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Lazer & Sport, 1999. DARIDO, S. C. Os conteúdos da educação física escolar: influências, tendências, dificuldades e possibilidades. Perspectivas em Educação Física Escolar, Niterói, v. 2, n. 1 (suplemento), 2001.

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro. São Paulo: Scipione, 1989.

LAVOURA, T. N.; BOTURA, H. M. L.; DARIDO, S. C. Educação física escolar: conhecimentos necessários para a prática pedagógica. Revista de Educação Física/UEM, v. 17, n. 2, 2006, p. 203-209.